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Entenda o passo a passo para fazer um laudo de avaliação para FIPs

Como funciona o processo de avaliação de FIPs, garantindo transparência e valor para os cotistas

Homem assinando um documento
Conheça as principais etapas e requisitos para a elaboração de um laudo de avaliação de FIPs, desde a contratação até a aplicação das metodologias | Crédito: Freepik

Os Fundos de Investimento em Participações (FIPs) são veículos que permitem a investidores participarem do crescimento de empresas, principalmente de capital fechado. Para garantir transparência e precificação adequada desses investimentos, são necessárias avaliações periódicas dos ativos do fundo. Essas avaliações são documentadas em laudos de avaliação de FIPs, que determinam o valor justo das participações, fundamentando a marcação das cotas dos fundos.


A elaboração dos laudos é uma exigência regulatória, estabelecida pela Instrução CVM 579 e pela Resolução CVM 175, que definem a periodicidade e os critérios de avaliação dos ativos. Além do cumprimento normativo, os laudos proporcionam aos cotistas uma visão clara e atualizada do valor de seus investimentos, auxiliando na tomada de decisões.

Mas qual o passo a passo para a realização de um laudo de avaliação de FIPs?


1. Compreensão do cenário e objetivo

O primeiro passo na elaboração do laudo é entender seu contexto e objetivo. Os laudos determinam o valor justo das participações do fundo em empresas investidas, refletindo sua realidade econômica. Essa avaliação é fundamental para a marcação das cotas do FIP, impactando diretamente o valor para os cotistas.


Antes de tudo, é essencial identificar se o laudo servirá para fins regulatórios ou para outras finalidades, como processos de aquisição, venda ou reestruturação societária. O propósito do laudo direciona a escolha da metodologia e a profundidade da análise.


A periodicidade da avaliação também é fundamental. Segundo as normas vigentes, os laudos devem ser atualizados a cada 12 meses, assegurando que as informações reflitam as condições atuais do mercado e das empresas investidas.


Por fim, é necessário alinhar expectativas com gestores e administradores do fundo, estabelecendo claramente prazos, escopo e responsabilidades de cada parte no processo.


2. Escolha da empresa responsável pelo laudo

Depois de entender os aspectos primários, é necessário escolher e contratar uma empresa profissional para a realização do documento.


Contar com uma empresa responsável para elaborar o laudo é crucial para garantir a credibilidade, a transparência e o cumprimento regulatório.


As Instruções CVM nº 578 e 579 exigem que FIPs recorram a consultorias independentes para avaliar suas participações, assegurando imparcialidade e conformidade com as melhores práticas. Um laudo sem rigor técnico ou elaborado por profissionais não certificados pode comprometer o fundo e resultar em penalidades regulatórias.


Empresas qualificadas reúnem profissionais certificados pela ANBIMA e registrados na CVM, incluindo engenheiros, economistas e contadores, capazes de analisar aspectos financeiros, contábeis e operacionais das empresas investidas. Essa combinação permite análises abrangentes, desde projeções de fluxo de caixa até avaliações por múltiplos de mercado.


Nesse sentido, nós da Ipê Avaliações podemos realizar o laudo de avaliação do seu fundo. Atuamos desde 2008 e somos especialistas em avaliação de ativos de forma imparcial, com qualidade e segurança.


3. Coleta das informações

Com a empresa escolhida, o próximo passo é a coleta das informações necessárias. É preciso reunir dados financeiros, operacionais e estratégicos das empresas investidas, incluindo demonstrações contábeis auditadas, projeções, contratos relevantes e informações setoriais.


Esses dados fundamentam a análise e aplicação das metodologias, permitindo compreensão profunda do negócio e seus indicadores. A qualidade e confiabilidade das informações também impactam diretamente a precisão do laudo.


É importante considerar também dados externos, como tendências de mercado, condições econômicas e aspectos regulatórios que afetam o valor das empresas. Essa análise contextual identifica riscos e oportunidades relevantes.


O diálogo com a gestão das empresas investidas é essencial para esclarecer dúvidas, validar informações e obter insights valiosos. Uma comunicação eficaz contribui para um laudo mais preciso e representativo.


4. Escolha da metodologia

Com todos os dados reunidos, é preciso escolher um método para a formulação do laudo. A seleção da metodologia apropriada é fundamental e as principais abordagens incluem:


  • Fluxo de Caixa Descontado (DCF): projeta fluxos de caixa futuros e os desconta a valor presente, considerando uma taxa que reflita o risco do negócio.

  • Múltiplos de Mercado: compara indicadores financeiros com empresas similares, usando múltiplos como EV/EBITDA ou P/L para estimar o valor.

  • Valor Patrimonial: baseia-se no valor contábil dos ativos e passivos, adequado para empresas com ativos tangíveis significativos.

  • Custo de Aquisição ou Rodada de Investimento: utiliza valores de transações recentes como referência, com ajustes para mudanças no negócio ou mercado.

A escolha metodológica considera fatores como natureza do negócio, disponibilidade de informações e condições de mercado. Empresas com histórico estável são ideais para DCF, enquanto setores com múltiplos estabelecidos favorecem comparações de mercado.


Muitas vezes, uma combinação dos métodos acontece. Isso porque cada método enxerga um aspecto diferente e quanto mais aspectos, mais preciso é o laudo.


Além disso, é fundamental documentar e justificar a metodologia escolhida, explicando sua adequação às características da empresa e objetivos do FIP. Essa transparência reforça a credibilidade junto a cotistas e reguladores.


5. Aplicação do método e análise

Com metodologia definida e dados coletados, inicia-se a avaliação das participações. Para o DCF, elaboram-se projeções financeiras detalhadas, incluindo receitas, custos e investimentos, além de determinar a taxa de desconto apropriada.


Na avaliação por múltiplos, seleciona-se empresas comparáveis e calculam-se os indicadores relevantes, com ajustes para diferenças específicas. Essa etapa exige critério na seleção e interpretação dos múltiplos.


A análise deve considerar fatores qualitativos como qualidade da gestão, posição competitiva, inovação e perspectivas de crescimento. Esses elementos intangíveis influenciam significativamente o desempenho futuro.


A documentação detalhada de premissas, cálculos e análises é essencial para transparência e auditabilidade. Isso permite que terceiros compreendam a fundamentação da avaliação.


A conclusão deve apresentar claramente o valor justo das participações, com explicação concisa das metodologias e premissas principais.


O que fazer depois de ter o laudo de avaliação para FIPs?

Após a conclusão do laudo de avaliação de um FIP, o passo seguinte é integrar os resultados ao processo de governança do fundo. É recomendável apresentar o documento em reunião de cotistas, esclarecendo as metodologias, premissas e valores apurados, para que todos tenham plena visibilidade dos efeitos na marcação a mercado das cotas. Essa etapa fortalece a confiança dos investidores e facilita a tomada de decisões estratégicas, como rodadas de captação, ajustes de portfólio ou reestruturações societárias.


Em paralelo, é importante utilizar as informações do laudo para monitorar e gerenciar riscos. Os relatórios costumam apontar fatores de sensibilidade — por exemplo, a variação de taxa de desconto ou múltiplos de mercado — que impactam diretamente o valor dos ativos. Com essas informações, o gestor do fundo pode definir gatilhos de revisão, blindar-se contra cenários adversos e estruturar mecanismos de hedge ou de diversificação adicionais, de modo a proteger o patrimônio dos cotistas.


Por fim, mantenha uma agenda de revisões periódicas e de atualização contínua. Ainda que o laudo formal seja exigido anualmente, é recomendável revisitar as principais premissas sempre que houver mudanças significativas no mercado, na economia ou na própria empresa investida. Essa prática não só assegura a aderência constante às melhores práticas de avaliação, mas também posiciona o FIP de forma mais resiliente e transparente, maximizando seu potencial de retorno no longo prazo.


Ipê Avaliações, sua melhor escolha!

A elaboração de laudos para FIPs exige expertise técnica, atenção aos detalhes e conformidade regulatória. Precisão e transparência são essenciais para a confiança dos cotistas e integridade do mercado.


Não arrisque, entre em contato com a Ipê Avaliações e faça seu laudo de avaliação de FIP.

A Ipê Avaliações conta com equipe especializada em avaliações para FIPs, com experiência comprovada e compromisso com excelência. Aplicamos metodologias reconhecidas e customizadas, garantindo resultados confiáveis e conformidade com a CVM.



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