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Crédito estruturado e privado: afinal, são a mesma coisa?

Entenda as diferenças e benefícios de cada modalidade

Vista de cima de três pessoas em uma mesa de madeira com computadores, notas, tabelas e pastas. Duas estão apertando a mão e a outra está aplaudindo.

Quando pensamos em investir, frequentemente encontramos termos que, à primeira vista, parecem complexos, como "crédito estruturado" e "crédito privado". Para iniciantes, esses termos podem causar receio devido à associação com dívidas e riscos financeiros. No entanto, essas modalidades não devem ser evitadas por medo ou desconhecimento.


Compreender as particularidades das modalidades é essencial e somente assim é possível aproveitar ao máximo suas vantagens. Se utilizadas de forma estratégica, elas se transformam em excelentes oportunidades de investimento e oferecem soluções financeiras que atendem a diversas necessidades e objetivos.


O que é crédito estruturado?

Crédito estruturado é uma forma de financiamento que combina vários tipos de instrumentos financeiros para atender às necessidades específicas de uma empresa ou projeto.


Em outras palavras, é uma solução customizada que pode incluir debêntures, CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) e outros títulos, que formam um pacote de investimentos.


A sua principal vantagem é a flexibilidade, permitindo que as empresas obtenham financiamento em condições que melhor se adequem às suas necessidades.


Por outro lado, um dos desafios é a sua complexidade. A estruturação desses instrumentos requer um conhecimento profundo do mercado financeiro e estudo dos riscos envolvidos.

 

Apesar disso, quando bem estruturados, esses créditos tendem a oferecer retornos superiores aos investimentos tradicionais. No entanto, é importante estar ciente de que a complexidade pode resultar em custos adicionais de estruturação e gestão.


O crédito estruturado também tende a ser mais acessível às grandes empresas ou projetos de infraestrutura, devido ao volume e à sofisticação dos títulos envolvidos. 

Em resumo, para investidores qualificados, ele pode ser uma excelente oportunidade de diversificação, desde que se compreenda bem os riscos e custos envolvidos.


O que é crédito privado?

Crédito privado, por sua vez, envolve o empréstimo de dinheiro para empresas não financeiras que buscam capital a fim de expandir seus negócios, aumentar o capital de giro ou financiar projetos específicos.


Ele é representado por debêntures, notas promissórias, CRIs e CRAs, de maneira separada. A sua principal característica é ser uma alternativa ao financiamento bancário tradicional, geralmente com taxas de juros mais atrativas.


Uma das vantagens do crédito privado é a possibilidade de obter retornos superiores aos oferecidos por títulos públicos. Eles também são uma maneira eficaz de diversificar a carteira de investimentos, uma vez que não estão diretamente correlacionados com o mercado de ações.


No entanto, é preciso considerar o risco de inadimplência, que pode ser significativo. Assim como o estruturado, o crédito privado também exige uma análise cuidadosa do risco.


Em contrapartida, para os investidores que estão dispostos a assumir um risco um pouco maior, esses títulos podem proporcionar uma rentabilidade atrativa. Além disso, é uma opção interessante para quem busca investir em setores específicos, tais quais o imobiliário ou o de agronegócio.


Por fim, é importante destacar que ele não é isento de impostos. Os rendimentos estão sujeitos à tributação de acordo com a tabela regressiva do Imposto de Renda, o que pode impactar a rentabilidade líquida do investimento. Ainda assim, para muitos investidores, os benefícios superam os custos.


Diferenças entre crédito estruturado e privado

Em primeiro lugar, apesar de ambos oferecerem oportunidades de diversificação e potencial de altos ganhos, eles possuem características distintas. O crédito estruturado é, em geral, mais complexo e customizado, enquanto o privado tende a ser mais direto e acessível.


No entanto, os dois também exigem uma análise minuciosa do risco, a fim de garantir que o investimento seja seguro e rentável.


Em segundo lugar, o estruturado geralmente envolve uma combinação de vários instrumentos financeiros, enquanto o privado é mais focado em títulos específicos, como debêntures e CRIs.


Além disso, ambos oferecem a vantagem de diversificação e reduzem a volatilidade nas carteiras de investimento. No entanto, é importante lembrar que esse benefício não elimina o risco, apenas o distribui entre diferentes ativos. 


Dessa maneira, tanto o crédito estruturado quanto o privado podem ser ferramentas valiosas para investidores que buscam retornos superiores e maior segurança.


Por fim, é essencial considerar os custos associados de cada um. O crédito estruturado pode envolver gastos adicionais de estruturação e gestão, devido à sua complexidade. Já o crédito privado, apesar de mais acessível, também pode ter custos de análise e gestão de risco.


No geral, ambos oferecem oportunidades e desafios, e a escolha entre eles deve ser feita com base no perfil e nos objetivos de cada um.


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